Um conto de superação.
Era uma vez uma linda e jovem enfermeira chamada Roanita, que trabalhava no hospital
do Câncer de sua cidade, onde atuava no setor pediátrico. Todos os dias de manhã ela
levantava, se arrumava, agradecia a Deus por mais um dia e tomava café da manhã com
seus pais, um amável casal de idosos que ensinaram a Roanita o amor ao próximo, o
cuidado e zelo pelas pessoas, Roanita amava muito seus pais. Com todo esse amor que seus
pais a davam, por amor ela escolheu cursar enfermagem mesmo antes de terminar o
ensino médio.
No hospital, Roanita se destacava por seu carinho, dedicação ao trabalho, se dava muito
bem com a equipe e principalmente com suas “crianças amadas”, como ela chamava
seus pacientes. Dentre eles havia uma menina chamada Bentinha, há qual Roanita tinha
grande afeição onde passava todos os dias e ficavam horas contando histórias, brincando,
rindo e cantando. Tinha dias que a enfermeira ficava fora de seu horário de expediente com
a pequena moça. As duas se divertiam demais, Bentinha falava para Roanita que quando
saísse do hospital gostaria de morar com a enfermeira, pois seus pais vieram a falecer
quando ainda era bebê e desde então vivia em um orfanato.
Quando chegava em casa, Roanita contava aos seus pais o quanto seu dia tinha sido
produtivo e prazeroso exercendo com amor sua profissão, também contava com grande
paixão da sua querida paciente Bentinha, essa rotina tomava conta de Roanita. Um dia
quando acordou, Roanita como sempre foi a mesa dar bom dia aos pais e tomar café da
manhã junto a eles, mas não encontrou o café pronto como de costume e nem seus pais.
Foi ao quarto a procura do casal e encontrou seu pai cuidando de sua mãezinha que havia
acordado muito adoentada e fraca, Roanita correu e a levou para o hospital onde ficou
internada. Naquele dia Roanita ficou muito triste em seu trabalho, mal conseguia sorrir, foi
ao quarto da sua paciente e amiga Bentinha que estava bastante debilitada devido às
quimioterapias, mas que mesmo assim a recebeu com um belo sorriso a sua amiga
enfermeira, Bentinha a ouviu e disse palavras de ânimos a amiga.
Passaram os dias e a mãe da enfermeira não apresentava nenhuma melhora, a aflição
tomava conta de Roanita com medo do pior vir a acontecer. Com um mês de internação
sua mãe não havia dado nenhum sinal de melhora, muito fragilizada e debilitada por conta
da idade ela viera a falecer. Roanita entrou em desespero e aos prantos, não soube lidar
com a perda, parou de sorrir, perdera todo seu brilho, já não tinha prazer em
trabalhar como antes. Com o diagnóstico de um depressão profunda pediu vários meses de
afastamento de seu trabalho, se esquecendo de sua fiel e amada amiga Bentinha.
Enquanto isso Bentinha no hospital lutava contra sua doença, buscava forças
para se recuperar, havia dias que pensava que não iria conseguir, mas lembrava de sua amiga que havia lhe ensinado a orar e pedir a Deus, lembrava de sua amiga dizendo
que Deus iria dar forças para ela e para os médicos e enfermeiros para ajudá-la a passar por
essa fase de sua vida, então em seu coração pedia forças para poder reencontrar logo a sua
amiga.
Meses passaram e por um milagre Bentinha tinha se recuperado de sua doença e recebera
alta do hospital, em imediato foi procurar Roanita que ainda estava de licença de seu
trabalho por conta da depressão. Roanita fica muito surpresa ao ver sua amiga
chegando em sua casa e quando vira que sua pequena estava totalmente recuperada, foi
tomada por uma alegria que ela havia perdido desde a morte de sua mãe. As duas tiveram
uma longa conversa, Bentinha encorajava sua amiga a voltar para sua vida normal e ao seu
trabalho, ajudou a amiga a entender que os planos de Deus são maiores que os
nossos, que havia chegado o momento de sua mãe partir e ela não poderia se entregar a
isso, deveria ver que seu pai ainda estava com ela e andava muito preocupado com sua
saúde.
Roanita superou sua depressão e voltou a sorrir, conseguiu a guarda de Bentinha e agora
moravam os três; ela, seu pai e Bentinha. A jovem enfermeira aprendeu que a vida tem seus altos e
baixos, um dia pode ajudar um paciente a superar uma doença com todo amor, carinho e
dedicação. No outro, poderia ser ela que iria precisar. Levava os carinhos e os
ensinamentos de sua mãe no coração e com isso pode entender que foi escolhida para a sua
profissão, pois precisava transmitir carinho, superação e perseverança para os que se
encontram em um leito, muitas vezes carentes precisando de uma palavra ou um gesto.
Depois de tudo que havia superado, Roanita se sentiu mais encorajada com seu trabalho e
com sua missão de passar o amor ao próximo.
Anos mais tarde Roanita recebeu honra ao mérito devido a sua grande dedicação a sua profissão.
Andréia, Carolyne, Kemylla e Juliane.
Comentários
Postar um comentário